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as coisas restarão para apagar as luzes do mundo (2021)

ação ético-estética de esvaziamento do apartamento de minha bisavó materna, abandonado por mais de 20 anos e então coberto pelo lixo.

 

as fotografias e objetos de família resgatados na ação compõem o eixo central dessa investigação, que encontra-se em andamento desde 2020 e propõe refletir sobre vida, morte, sobre o caráter falho e transitório da existência humana e também sobre animismo, partindo da narrativa como se a história de vida humana fosse contada a partir do olhar das coisas, não meros objetos atrelados a sua funcionalidade, mas coisas-livres no mundo, acontecimentos, na concepção do antropólogo Tim Ingold.

calcado em premissas de que 'coisa pensa'. coisa se move. coisa deseja.', o trabalho propõe enxergar o mundo pela ótica das coisas como protagonistas da história, como únicas testemunhas que restarão na superfície de nossa existência - as coisas restarão, nós não. as coisas transpiram, resistem e nos olham.

 

Trabalho desenvolvido na residência junto ao Arquivo Coleções de Histórias Ordinárias (ACHO), em 2020-2021.

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